quarta-feira, 2 de julho de 2014

Junho

No dia 11 de junho iniciamos as 10 intervenções. A primeira turma a nos receber foi a do 5º Ano A no dia 25 de junho foram as turmas 4º Ano A e B.

11 de junho

Inicialmente, ficamos apreensivos em apresentar o projeto logo para o 5º Ano A, pois são as crianças maiores do turno vespertino da escola. Esta apreensão foi devida a própria cara do projeto, já que o mesmo foi pensado para crianças de até no máximo 9 anos. Mas, felizmente foi uma grande surpresa a nossa estreia. Claro que de cara algumas crianças, ou pré-adolescentes, acharam a personagem um tanto quanto estranha. Estava nos olhos delas, como uma pessoa se veste desse jeito, e ainda por cima quer que a gente se alongue pule, grite, role, corra como uns loucos pela quadra na frente de nossos colegas de sala. Pois, não demorou muito, para que todos se envolvessem e perceber que toda essa movimentação é bacana, e que mexer o corpo pra lá e pra cá desperta a criatividade.
Dito isto, esclarecemos que não importa a idade e, que na verdade, todos gostam de história, de teatro e porque não, de viver uma grande fantasia.
E foi com essa gana de viver a fantasia de ser a Catarina que todos curtiram e vivenciaram as experiências propostas pelo projeto. Assim, todos sem nenhuma exceção, se divertiram, aprenderam e fruíram daquele tempinho de forma muito proveitosa:
·         Nós nos surpreendendo com a atenção e dedicação das crianças;
·         A professora curtindo em ser nossa fotógrafa e registrando cada detalhe;
·         As crianças, ou pré-adolescentes, se permitindo fazer tudo que era proposto.

Ficamos bastante satisfeito com o resultado, e logo já foi possível observar em que e como podemos melhorar nossa relação com as crianças.
 Voltamos pra casa com a certeza de que nosso projeto é muito importante, pois permite um contato direto com a Arte e Artistas.

25 de junho 
Esse dia foi nem mais tranquilo, já sabíamos mais ou menos como o projeto funcionava, e nossa dinâmica já estava um pouco mais aperfeiçoada, e de alguma forma compreendíamos um pouco melhor como funciona nossa relação com as crianças, mesmo que sejam outras, afinal, nós somos estranhos para elas, mas elas como todos os seres humanos tem uma rotina de convívio tanto dentro da escola como fora, assim como nós.
Inicialmente, elas agiram como a outra turma, envergonhadas, algumas demoraram para iniciar a atividade de aquecimento, mas logo, logo se jogaram. É assim que falamos, dentro do ambiente de artes de corpo, eles se jogaram e a atividade fluiu.


A nossa performance também foi bem melhor. Assim a relação com as crianças melhorou bastante e as atividades fluíram e todos fruíram daquele momento que se mostrou único. Era visível a felicidade de ser parte de tudo o que estava acontecendo. Mais uma vez percebemos a importância do contato direto com as artes e artistas. 















Apresentação

Catarina é uma menina que não pode ver nenhum treco pelas ruas da cidade que ela cata e transforma em obra de arte. Expõe suas obras nas ruas. Ao mesmo tempo em que torna a cidade bela, provoca um estado de fruição nas pessoas.  

Com este gesto Catarina nos leva a refletir sobre a necessidade e a importância de desenvolver ações dentro da escola que possibilite e potencialize os processos de criação, reflexão e conscientização da importância da arte nos processos de construção de uma consciência ambiental sustentável.

O objetivo deste projeto é permitir que a criança vivencie de alguma forma a história da Catarina. Para tanto provocamos ações que sensibilize e potencialize a vivência da própria Catarina. Essas ações serão pontuais, pois trata-se de um projeto de fruição da arte. Pretende-se realizar 10 intervenções em que serão realizadas apresentações artísticas da contação e encenação teatralizada da História Catarina Cata Treco, e oficina de vivencia e experiência da história pelas crianças. 

A arte cada vez mais vem sendo uma ferramenta pedagógica de grande importância nas discussões de temas que envolvem a sustentabilidade ambiental. Acreditamos que este projeto potencializa reflexões, na medida em que, expomos as crianças e as professoras a vivenciar as experiências de Catarina.

A obra artística de certa forma representa o que um nicho da sociedade pensa. O artista usa a matéria que está ao seu alcance, e por mais que sua obra seja uma ficção, ela sempre demonstra um pouco da realidade que o cerca. Na obra em questão a personagem central, a Catarina, acredita que o gesto de catar os trecos da rua e transformá-los em obra de arte podem mudar a realidade de sua cidade, na medida em que as pessoas podem vivenciar experiências subjetivas, próprias da fruição da arte.

Somos quase dois bilhões de pessoas no mundo. Imagine a quantidade de lixo que produzimos diariamente! A consciência de ser no mundo gera um pensamento de interação, não estamos sós, consequentemente, de que precisamos sim olhar pro lado e perceber o outro. A criança enquanto brinca aprende e resolve seus dramas. Salientamos que as matérias estão no mundo, cabe a nós observa-las e perceber as sua potencialidades e transformá-las em obras de arte.

O projeto é patrocinado pelo Instituto Marca Ambiental IMADESA e faz parte do Programa Ciranda do Saber